sexta-feira, 15 de abril de 2011

Reajuste de aluguel cresce mais que a inflação.

IBGE: Reajuste do aluguel residencial subiu mais que a inflação.


Por Saulo Aguiar, estagiário do MBAF.
ARTIGO


Com o verdadeiro salto dado pela economia brasileira nos últimos anos, muitos cidadãos tiveram a oportunidade de se elevar nos patamares das classes sociais. A evolução mais gritante ocorreu na transferência de indivíduos das classes D e C. Muitos deles saíram da chamada linha da miséria para, enfim, conseguirem vislumbrar algo mais digno na vida.


Além da evolução econômica, projetos governamentais influenciaram diretamente para essa nova realidade. O Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida são exemplos de facilidades e benefícios que chegaram ao alcance daqueles mais necessitados.

Como grande parte das vertentes da economia brasileira, a construção civil e o mercado imobiliário chegaram, e ainda permanecem, no ápice do seu desenvolvimento. Nunca se construiu tanto no Brasil. Somente como referência a tamanha evolução, especialistas preveem a construção de 520 condomínios residenciais até 2012 em São Paulo, uma média de 10 condomínios construídos a cada semana!

Com base nessa realidade, pode-se concluir que a disponibilidade de imóveis nas grandes capitais está se equiparando à sua demanda, correto? Errado! Com o já mencionado enriquecimento das classes C e D, a procura por imóveis populares é enorme, e diante dessa grande procura, a oferta se torna cada vez menor, o que gera um desconfortável aumento nos preços, principalmente para aqueles que dependem do aluguel.

Segundo o IBGE, o reajuste do aluguel residencial subiu mais que a inflação. A locação de imóveis tem seus valores ajustados, em sua maioria, com base no IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), o qual teve uma alta de 12,42% nos últimos 12 meses, enquanto o da inflação foi de 5,92% no mesmo período.

Mesmo diante deste cenário, a população emergente não abre mão de moradias cada vez mais confortáveis e bem localizadas. Em São Paulo, por exemplo, apesar da alta nos preços, até nos imóveis em construção já há fila de espera para aqueles interessados em locar. Um momento extremamente propício às incorporadoras e imobiliárias, que têm uma rentabilidade praticamente certa diante do mencionado.

Outro fator positivo para os empresários é a aparente retomada do “êxodo rural”, no qual habitantes do campo migram para as cidades grandes na busca, e quase certa conquista, de um emprego.
A construção civil atingiu um nível no qual a oferta de emprego é tamanha e os salários cada vez maiores, que faz trabalhadores como porteiros e zeladores mudarem de ofício, transformando-se, por exemplo, em eletricistas.

Aparentemente a alta no percentual do aluguel, acima da inflação, não está coibindo a futura classe média, tampouco as grandes incorporadoras, de investirem na realização do sonho da maioria dos brasileiros, ter um teto pra morar. Graças a esse vislumbrante desenvolvimento, a incessante corrida por uma vida melhor possivelmente terminará em final feliz.

Saulo Aguiar. Estudante de Direito e membro do grupo de negócios de Construção do MBAF Consultores e Advogados. construção@mbaf.com.br

Artigo publicado no  CLIPIMOBILIÁRIO.


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